domingo, 15 de janeiro de 2012


capítulo 2 - “A desilusão”

Entrei em casa, e estava toda a minha família reunida na sala a beber chá, e fixaram todos o olhar em mim.
- o que se passa? – olhei em volta. – o que é que aconteceu?
- filha, temos um assunto importante para falar contigo. – disse a minha mãe.
- mas foi algo de grave? – fiquei preocupada, enquanto olhava para os meus avós, e para o Alfie.
- hmm, bem não sei, depende como reagires. – disse o meu pai murmurando.

Okay, fiquei preocupada, será que me iam tirar alguma coisa? Será que a minha avó, ou o meu avô estava doente? Será que o Alfie tinha um problema? Será que os meus pais estavam chateados? Passaram-me tantas coisas pela cabeça, que já nem sabia onde parar.

- bem, contem-me. – sentei no lugar vago da sala aconchegada pela lareira, e o Alfie saltou-me para o colo.
- eu ganhei uma proposta de trabalho.. – a minha mãe não acabou a frase, pois eu dei interrompi-a.
- BOA MÃE! parabéns a sério. – abracei-a neste momento, e ela terminou a frase.
- ..em Londres. – neste momento parei de a abraçar e olhei seriamente para ela, pensei que ela estava brincar, mas não. Olhei para o meu pai, os meus avós, e.. até o meu cão ladrou! Isto não me podia estar a acontecer.
- on-on-de? – gaguejava nervosa, tipo, eu não quero sair dali! – levantei-me, e virei as costas, deitei uma lágrima que limpei rapidamente. Não dirigi mais nenhuma palavra, limitei-me a subir as escadas, e tranquei-me no quarto.

Comecei a chorar bastante, com os joelhos no peito, de cabeça para baixo, com as mãos a tapar a minha cara.
- filha!? – dizia a minha mãe batendo á porta, tentando abri-la.
- eu não vou sair daqui! Posso morrer á fome mas não saio! – gritei, chorando ao mesmo tempo.
- Raquel! – subiu o tom de voz. – não achas que já és mais crescidinha para deixares essas atitudes da lado, hm?
Suspirei, levantei-me e limpei as lágrimas. Destranquei a porta e abri-lhe. – sim? – de repente ela entre e fecha a porta. Eu volto para o meu sítio, e ela sentasse na beira da cama, e dá-me as mãos.

- querida.. eu sei que é difícil adaptares-te assim ao início, mas vais ver que daqui a umas semanas isso passa logo! Vais adorar Londres, depois nem queres sair de lá! – eu nem respondia, continuava a olhar para o retrato da minha família e para o poster dos 1D. – então? Vá lá, não desanimes por causa disso, bem.
- oh, não vai ser a mesma coisa. Estar sem a Bruna, sem os meus melhores amigos, sem os avós, sem isto mãe! acho que isso não é considerado “viver”. – neste momento ela riu-se, mas eu olhei com cara séria. – não estou a brincar mãe, eu quero ficar cá.
- quem disse que os avós iam ficar? Quem sabe a Bruna, a Teresa, a Mariana, e o Diogo te iram visitar lá nas férias! Pensa nisso meu amor. – ela deu-me um leve beijo na testa. – amanhã partimos ás cinco horas.
- DA MANHÃ ? – berrei.
- não tonta, de tarde, esse já não apanhávamos! – riu-se, e eu dei um grande suspiro de alívio.


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